Família diz que mulher de Amarildo está desaparecida há dez dias no Rio

Pedreiro Amarildo desaparece após operação policial na favela da Rocinha59 fotos

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10.jul.2014 - Elizabeth Gomes da Silva, viúva do pedreiro Amarildo de Souza, está desaparecida há dez dias. A família informou já ter procurado por ela em hospitais e no IML (Instituto Médico-Legal), sem sucesso. Ela também não foi encontrada na casa da mãe, em Natal, no Rio Grande do Norte Fernando Frazão/Agência Brasil
A doméstica Elizabeth Gomes da Silva, 48, mulher do pedreiro Amarildo de Souza, está desaparecida há dez dias, segundo informações relatadas por parentes ao escritório do advogado João Tancredo. O defensor, que representa a viúva de Amarildo no processo sobre o desaparecimento, morte e ocultação de cadáver do pedreiro, não informou se a família já registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil.
Na versão da sobrinha, Michele Lacerda, "de um tempo para cá", Elizabeth voltou a usar drogas e a "beber muito". A família informou já ter procurado por ela em hospitais e no IML (Instituto Médico-Legal), sem sucesso. Ela também não foi encontrada na casa da mãe, em Natal, no Rio Grande do Norte.
"Ela saiu de casa e não disse para onde estava indo. A gente está rezando muito para que não tenha sido a polícia. Não vamos achar que foi isso nesse momento", disse Michele.
Em nota, a Polícia Civil informou que o delegado da 11ª DP (Rocinha), Gabriel Ferrando, entrou em contato com a família de Elizabeth para solicitar que seja formalizado o registro do desaparecimento em sede policial. O registro é necessário para viabilizar a abertura de um inquérito.
Amarildo morreu após ser torturado por policiais militares dentro da base da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, favela na zona sul do Rio de Janeiro, em julho do ano passado, de acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público.
No total, 25 PMs foram processados. Todos foram denunciados por tortura seguida de morte, 17 por ocultação de cadáver, 13 por formação de quadrilha e quatro por fraude processual.
Em abril deste ano, Elizabeth foi detida após se desentender com policiais da UPP da Rocinha. Segundo ocorrência registrada na 11ª DP (Rocinha), a viúva de Amarildo era suspeita de tentativa de lesão corporal, desacato e resistência. Ela prestou depoimento e foi liberada.
Desde o começo do ano, foram feitas audiências de instrução e julgamento com testemunhas de defesa e acusação, além do interrogatório dos réus. A Justiça ainda vai agendar os julgamentos dos PMs. (Com Estadão Conteúdo)
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